Reprodução O Secretário de Estado do governo de Donald Trump, Marco Rubio, anunciou na quarta -feira (13) a revogação de vistos de funcionários do governo brasileiro, alegando conexão com o programa Mais Médicos. A medida, que também chega a ex -membros da Organização Pan -Americana de Saúde (PAHO), foi libertada depois que o Departamento de Estado dos EUA impõe restrições às autoridades de países africanos, Cuba e Granada acusados de privar a população cubana de cuidados médicos essenciais. Mais Médicos foi criado em 2013 para expandir a presença de profissionais na rede pública, especialmente em áreas carentes, permitindo o desempenho de médicos estrangeiros e brasileiros treinados no exterior sem reavalidação do diploma. De acordo com estimativas oficiais, o programa atingiu mais de 4.000 municípios e beneficiou mais de 63 milhões de pessoas antes de ser substituído em 2019 e depois retomou em 2023 para fornecer vagas não naturais. Entenda abaixo. Qual é o programa? Mais médicos foram criados pelo governo federal da ex -presidente Dilma Rousseff (PT) em julho de 2013 para expandir a presença de médicos na rede pública, com foco em áreas carentes, regiões interiores e periferias de grandes cidades, onde havia uma escassez de profissionais. A proposta incluía a chegada de médicos estrangeiros sem a exigência de revalidar o diploma e a possibilidade de brasileiros formados no exterior operando no país. A prioridade era para os profissionais brasileiros, mas os estrangeiros preencheram as vagas restantes. Os médicos receberam bolsa federal e agiram principalmente na atenção primária à saúde, responsáveis por resolver cerca de 80% dos problemas de saúde. Além da assistência, o programa previa qualificação profissional durante o trabalho. De acordo com dados do governo federal, a iniciativa atingiu áreas de acesso difícil e alta vulnerabilidade social, incluindo distritos indígenas, e atingiu mais de 4.000 municípios, beneficiando mais de 63 milhões de pessoas. Os estudos também apontaram melhorias nos cuidados, com vínculos mais próximos entre médicos e comunidades. Os médicos cubanos que trabalharam na primeira etapa do programa Mais Médicos chegam ao Brasil em agosto de 2013. Karina Zambrana – ASCOM/MS Como foi a participação dos cubanos? Entre 2013 e 2018, cerca de 20.000 médicos cubanos passaram pelo programa, com um pico de 11,4 mil profissionais ao mesmo tempo, mais de 60% de todo o contingente de Mais Médicos. No período final, antes de sair, havia aproximadamente 8.300 cubanos operando em 2.800 municípios. Os médicos foram distribuídos em todo o país, atingindo mais de 4.000 municípios e todos os 34 distritos sanitários especiais indígenas. Em mais de 700 cidades, os cuidados médicos regulares foram oferecidos pela primeira vez. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2016 o programa foi responsável por 48% das equipes de atenção primária em municípios com até 10.000 habitantes e garantidos 100% da cobertura em 1.100 cidades. Os profissionais cubanos eram especialistas em medicina geral integral, com experiência mínima de 10 anos, passando por outros países e especialidade em medicina familiar e comunitária. Antes de iniciar o trabalho, eles participaram de um módulo de recepção de três semanas no SUS, protocolos de cuidados primários e idioma português. Os manifestantes vinculados ao sindicato dos médicos de Ceará protestam durante a partida do grupo de 79 médicos cubanos das classes inaugurais Jarbas Oliveira/FolhaPress a chegada de médicos cubanos no Brasil, mas enfrentaram episódios de hostilidade. Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em agosto de 2013 em Fortaleza (CE), quando um grupo de manifestantes ligou para o sindicato médico de Ceará Vaiou e insultou profissionais cubanos durante a classe inaugural de treinamento em treinamento. O então Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou a atitude como “truculenta” e “xenofóbica”, afirmando que havia incitação de prejudicar os médicos que vieram de outros países para servir a população. Sua participação foi fechada em novembro de 2018, quando o governo de Cuba decidiu deixar o programa após as declarações até então -elet -eleito Jair Bolsonaro exigindo Revalida e mudanças contratuais. E médicos para o Brasil? Os médicos do Brasil foram lançados em 2019, durante o governo Jair Bolsonaro, com a proposta de substituir gradualmente os mais médicos, priorizando locais difíceis de reachê e alta vulnerabilidade. O programa requer registro ativo no Conselho Regional de Medicina brasileiro (CRM) e adota um modelo de entrada através do processo de seleção estruturada, com as etapas de classificação e qualificação realizadas pela Agência para o desenvolvimento da atenção primária à saúde (ADAPS). Os profissionais aprovados entram como bolsas de estudo e recebem, nos dois primeiros anos, uma bolsa de treinamento de R $ 15 mil mensalmente, durante a qual realizam a especialização obrigatória em medicina familiar e comunitária (MFC). Ao concluir o treinamento e aprovado na avaliação final, eles são contratados no regime de cetistas por ADAPS, com um plano de carreira estruturado e a possibilidade de progressão salarial. Em janeiro de 2025, os médicos do Brasil representaram 4.073 médicos e 442 tutores que trabalhavam em treinamento em MFC. A cobertura do programa foi expandida, com uma projeção de presença em 5.233 municípios até o final do ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante a cerimônia de contratação dos primeiros médicos do programa médico para o Brasil, com a presença do então presidente Jair Bolsonaro. Myke Sena/MS Como os programas funcionam hoje? Desde 2023, médicos e médicos para o Brasil operam paralelos na rede primária de atendimento à saúde, com regras, regras e formatos distintos, mas objetivos complementares de expandir a cobertura médica no país. Mais Médicos, retomado no governo Lula, opera em mais de 4.000 municípios e inclui 108 vagas específicas para distritos sanitários indígenas especiais (DSEIS). O programa aceita médicos brasileiros registrados com CRM ou diploma revalidado no Brasil, brasileiros formados no exterior e médicos estrangeiros se qualificaram no exterior, sem a necessidade de revalidação. Adicionado, Mais Médicos e médicos no Brasil reunem 26.468 médicos em operação, cobrindo 81,6% dos municípios brasileiros.
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