De acordo com Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) Com base nos dados do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares representam cerca de 30% das mortes no Brasil – aproximadamente 400.000 por ano – e aparecem entre Principais causas de morte em todo o mundo.
Dado esse cenário alarmante, os pesquisadores apostam em uma solução inovadora: minirrobots capazes de limpar as artérias entupidas.
Acima de tudo, a tecnologia, que antes parecia ficção científica, pode revolucionar o tratamento de problemas cardíacos. Neste artigo, você entenderá como esses minúsculos minirrobots são projetados para navegar na corrente sanguínea e nas artérias claras, uma abordagem que promete ser menos invasiva, mais precisa e potencialmente mais eficaz que os métodos convencionais. Confira!
Minirrobots que limpam artérias: inovação promissora contra doenças cardíacas
Minirrobots que limpam artérias emergiram como uma nova solução para pacientes com doenças cardíacas. No entanto, é digno de nota que essa novidade ainda está na fase experimental.
Em 2023, os pesquisadores da Coréia do Sul desenvolveram uma tecnologia promissora envolvendo microbotos equipados com nanopartículas de ferro, projetados para fornecer medicamentos diretamente em placas de gordura às artérias.
Esses robôs microscópicos são guiados por campos magnéticos e visam tratar a aterosclerose com mais precisão e menos invasiva do que os métodos tradicionais.
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Na Suíça, os cientistas de Ethi Zurich desenvolveram robôs inspirados na natação de bactérias, demonstrando alto desempenho em meios líquidos durante os testes. O artigo foi publicado na revista Ciênciaem que os pesquisadores Nelson e Salvador Pané destacam o potencial dos microbotos para transportar medicamentos diretamente para o local afetado.
Segundo eles, essa abordagem pode reduzir os efeitos tóxicos dos tratamentos e permitir o uso de doses mais poderosas, o que abre espaço para repensar estratégias terapêuticas em várias doenças.

Antes dos minirrobots que limpam as artérias: uma abordagem pioneira contra a aterosclerose
No entanto, antes dessas soluções possíveis, em 2018, outra pesquisa trouxe uma abordagem inovadora para enfrentar a aterosclerose – caracterizada pelo acúmulo de placas de colesterol nas paredes da artéria.
O estudarpublicado em Jornal da American Heart Associationfoi conduzido por pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. Na época, eles identificaram uma substância capaz de prevenir a obstrução do fluxo sanguíneo, uma condição associada a ataques cardíacos e derrames.
Dessa forma, os cientistas concentraram seus esforços nas lipoproteínas do tipo B, especialmente o colesterol LDL, identificado como um dos principais responsáveis pela formação de placas nas artérias.
A partir deste ponto, com o objetivo de investigar uma estratégia de reversão da aterosclerose, a equipe tratou os animais com estatinas e inibidores de PCSK9 por três anos, buscando reduzir drasticamente os níveis de colesterol por um período controlado.

A pesquisadora Jennifer G. Robinson explicou que a proposta era permitir que as artérias se recuperassem naturalmente enquanto o acúmulo de gordura se dissolveu com a intensa redução de LDL. Segundo ela, esse método poderia não apenas impedir a progressão da doença, mas também mudar a maneira como certas condições cardiovasculares são tratadas.